O acordo entre Mercosul e União Europeia é estratégico para o Brasil e reforça a aposta do país no multilateralismo. No programa Mercado, da revista VEJA, apresentado por Veruska Donato, o economista Rodrigo Simões, professor da FAC SP, analisa o peso político e comercial do tratado defendido pelo presidente Lula no cenário internacional.
Segundo Simões, o acordo criaria uma das maiores zonas de livre comércio do mundo, envolvendo quase 700 milhões de pessoas, fortalecendo o comércio multilateral entre o Brasil e a União Europeia. Para ele, o Brasil tem muito a ganhar com a ampliação de mercados e com a redução da dependência de acordos unilaterais.
“Para o Brasil, esse acordo é excelente, porque abre mais mercado”, afirma Rodrigo Simões.
O economista destaca que os principais entraves vêm do lado europeu, sobretudo do protecionismo agrícola, com resistência de produtores da França e da Itália. Ele também rebate críticas sobre padrões sanitários, afirmando que o Brasil segue normas internacionais e possui certificações reconhecidas.
“O problema está muito mais na vontade política e nos interesses internos da Europa”, diz Simões.
Para o professor, não fechar o acordo agora seria ruim para o Brasil do ponto de vista diplomático, já que o presidente Lula se posicionou como um dos principais fiadores do tratado e defensor do multilateralismo.
📊 O programa Mercado, da revista VEJA, acompanha os principais movimentos da economia global e seus impactos para o Brasil.
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