Um aplicativo de celular tem sido um grande aliado no combate à violência doméstica em São Paulo. Nele, as vítimas contam com um botão de pânico para pedir socorro imediato à Polícia Militar, acionado, em média, 14 vezes por dia neste ano. Nos dez primeiros meses do ano, 207 mulheres foram assassinadas no estado, vítimas de feminicídio, um aumento de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para conter a violência contra a mulher, o estado criou um mecanismo de proteção que funciona no celular e permite que a vítima peça socorro a qualquer hora e em qualquer lugar. Com apenas um toque no “botão do pânico”, o pedido é recebido imediatamente nos centros de operações da Polícia Militar. Segundo o policial militar Jackson da Cruz Souza, “A velocidade faz toda a diferença entre a vida e a morte. Então, quanto mais rápido o pedido de socorro for feito, mais rápido a viatura vai até o local e garante a segurança e a integridade física dela.”
O botão está disponível para mulheres que já têm medidas protetivas. Além disso, o aplicativo “SP Mulher Segura” oferece orientação, atendimento especializado e pode localizar o agressor caso ele use tornozeleira eletrônica. De janeiro até agora, o botão do pânico foi acionado 4.937 vezes. Para a coordenadora das Delegacias da Mulher, Cristiane Camargo Braga, “é importante que as vítimas tenham consciência de que elas precisam dar o primeiro passo, buscar os serviços públicos e a segurança pública, para que não haja uma progressão criminosa.”
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