No Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, o ex-embaixador Rubens Barbosa analisa as novas declarações de Donald Trump após telefonema com o presidente Lula e explica por que, apesar das sinalizações positivas, o pano de fundo da relação continua sendo comercial e não político. Tudo pertence à revista VEJA.
Barbosa afirma que as reduções tarifárias feitas pelos EUA — embora benéficas ao Brasil — decorrem de interesses internos americanos:
“Esse tarifaço vai ter efeito inflacionário nos EUA; algumas medidas revertem contra os próprios interesses deles”, diz o embaixador.
Ele também avalia as promessas de investimentos anunciadas por Trump:
“A indústria automobilística é robotizada; esses investimentos não vão gerar empregos”, afirma.
Em relação ao telefonema de Lula, Barbosa destaca que incluir o tema do contrabando de armas americanas para o Brasil foi um gesto importante, mas reforça que isso não altera a prioridade diplomática:
“Do ponto de vista brasileiro, o que importa é a negociação comercial. E ela ainda não começou.”
O Brasil segue aguardando uma reunião decisiva para discutir os 22% dos produtos brasileiros que ainda enfrentam tarifa de 50%, além das questões envolvendo big techs e a investigação americana da seção 301, que inclui temas como desmatamento da Amazônia.
Para Barbosa, apesar do otimismo que circula internamente, a realidade é outra:
“Não será uma negociação fácil e nem está descartada a possibilidade de sanções políticas no Brasil.”
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