A produção de algodão no Brasil é um modelo exemplar de sustentabilidade na agricultura. O processo começa nas lavouras e se estende até a transformação em diversos produtos sem desperdício. Desde a pluma até o óleo extraído das sementes, o “ouro branco” brasileiro ganha múltiplos usos e valores.
Na primeira etapa da transformação do algodão está a limpeza inicial realizada na algodoeira. Equipamentos sofisticados separam as fibras dos caroços com precisão para garantir que cada parte da planta seja utilizada adequadamente. A fibra segue para a indústria têxtil enquanto os caroços são destinados à extração de óleo ou transformados em outros subprodutos.
O óleo refinado obtido dos caroços tem aplicações variadas: pode ser usado como biodiesel ou como ingrediente alimentício devido à sua resistência a altas temperaturas e propriedades antioxidantes naturais. Em 2023, estima-se que o Brasil produza cerca de 725 mil toneladas desse óleo, representando um aumento significativo comparado ao ano anterior.
Além disso, os resíduos do processamento não são descartados; eles encontram novos propósitos como adubo orgânico ou ração animal conhecida como torta de algodão. Este subproduto rico em fibra e proteína é amplamente utilizado na alimentação animal por todo o país.
Este ciclo produtivo demonstra uma cadeia sustentável onde nada se perde: desde alimentos mais crocantes graças ao uso do óleo até solos enriquecidos pelo retorno dos nutrientes através do adubo orgânico. Assim, o setor caminha alinhado aos princípios econômicos e sociais sustentáveis da agricultura moderna brasileira.
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