O presidente Lula denunciou genocídio em Gaza e defendeu a autodeterminação da Palestina durante discurso na Assembleia Geral da ONU, destacando que o Brasil atua em defesa da soberania, justiça e multilateralismo.
“O que está acontecendo em Gaza não é só o extermínio do povo palestino, mas uma tentativa de aniquilamento de seu sonho de nação”, afirmou Lula, ressaltando o impacto devastador sobre a população civil.
O presidente condenou o uso da fome como arma de guerra e a destruição de lares palestinos:
“Nada justifica tirar a vida ou mutilar mais de 50 mil crianças. Nada justifica destruir 90% dos lares palestinos. Meio milhão de palestinos não tem comida suficiente… A fome não aflige apenas o corpo, ela estilhaça a alma.”
Lula lembrou que a criação do Estado Palestino é um direito histórico, reforçando que tanto Israel quanto a Palestina têm direito de existir e que a ONU precisa garantir a autodeterminação do povo palestino:
“Assegurar o diálogo de autodeterminação da Palestina é um ato de justiça e um pacto essencial para restituir a força do multilateralismo e recobrar nosso sentido coletivo de humanidade.”
O Brasil também anunciou medidas concretas em relação à ocupação ilegal na Cisjordânia:
“O Brasil se compromete a reforçar o controle sobre importações de assentamentos ilegais e manter suspensas as exportações de material de defesa, inclusive de uso dual que possam ser usados em crimes contra a humanidade e genocídio.”
Lula destacou que a ONU deve agir diante da omissão do Conselho de Segurança e saudou os países que reconheceram a Palestina, reafirmando o compromisso do Brasil com a justiça internacional, o multilateralismo e a paz mundial.
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