No Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, o analista do Eurasia Group Leonardo Meira avalia o que realmente motivou a aproximação entre Brasil e Estados Unidos e se há mérito político do governo Lula nessa mudança de clima diplomático. Tudo pertence à revista VEJA.
Meira explica que houve tanto um componente comercial, como já apontado pelo embaixador Rubens Barbosa, quanto um componente político:
“No início, Washington entendeu que havia falta de consideração do presidente Lula”, afirma. Segundo ele, esse distanciamento pessoal contribuiu para que a relação ficasse “muito quente”.
O encontro presencial entre Lula e Trump, seguido por duas ligações e diversas reuniões técnicas, ajudou a abrir um canal de diálogo:
“Isso esfriou a temperatura da relação bilateral”, diz Meira.
O analista também detalha a mudança de cálculo político dentro dos EUA:
“Trump mudou de estratégia ao perceber que atender aos anseios do bolsonarismo não daria resultados”.
Ao mesmo tempo, Meira reforça que a negociação comercial de fato ainda não começou. Até agora, as reduções tarifárias ocorreram por decisão unilateral americana devido à inflação nos EUA.
A partir deste momento, segundo ele, inicia-se “uma negociação para valer” entre os dois países.
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