Charles Cosac costuma dizer que, ao longo da vida, renasceu algumas vezes. Como no parto de risco do qual ele e sua mãe quase saíram mortos. Ou quando fugiu da rejeição paterna no Brasil para se tornar um estudioso da arte na Europa. O editor escapou da opressão de uma criação cristã-ortodoxa no Rio de Janeiro e quando retornou ao Brasil criou uma editora de livros em São Paulo que levava seu sobrenome combinado ao do ex-sócio, a Cosac Naify. A editora se tornou paradigma de qualidade e opulência no mercado editorial no país. Mas em dezembro de 2015, depois de inúmeros problemas financeiros e administrativos, encerrou as atividades da empresa. “Foi o pior momento da minha vida”, disse o Cosac em entrevista exclusiva em vídeo para a piauí, gravada em dezembro de 2023, quando estava ainda preparando sua nova editora, batizada como Cosac Edições.
Em seu apartamento repleto de obras de arte, numa conversa intimista, ele fala de todos esses renascimentos. E também de traumas, ressentimentos, novos projetos e até da morte. E afirma trazer para a nova editora aprendizados com erros do passado. “Eu tenho que agir de forma diferente, senão vai acabar acontecendo a mesma coisa. Eu não vim com um olhar do passado. Eu aprendi muito nesses anos.”
00:00 – início
04:55 – recomeço em outra cidade
11:23 – São Paulo e o nascimento da Cosac Naify
16:48 – o fechamento da Cosac Naify
27:57 – a retomada
36:23 – o asilo de Charles
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