O aval da Comissão Europeia ao acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia é o sinal mais concreto até agora de que o tratado histórico pode finalmente avançar. O texto ainda precisa passar pelo Parlamento Europeu e ser ratificado pelos 27 países do bloco, mas o momento é considerado o mais otimista desde o início das negociações.
Segundo o economista sênior do Inter, André Valério, esse passo abre uma nova perspectiva justamente no momento em que setores brasileiros sofrem com as tarifas impostas pelos Estados Unidos.
“Estamos no ponto mais próximo da efetivação do acordo. Mesmo que ainda haja resistências, principalmente na França, algumas salvaguardas reduziram a pressão sobre o setor agrícola europeu, que era o mais contrário”, disse em entrevista ao Mercado, da VEJA.
Valério aponta que café e carnes — produtos duramente atingidos pelas tarifas americanas — devem estar entre os principais beneficiados pelo tratado. Ainda que o acordo estabeleça cotas de importação, o mercado europeu é grande o suficiente para absorver parte relevante da produção brasileira.
“Em meio à retração da demanda americana, a União Europeia é um bom substituto. Nada impede que, com o tempo, esse mercado se amplie e o acordo se torne cada vez mais favorável para ambos os lados”, avaliou.
O economista lembra ainda que, além do agro, o tratado abre espaço para indústria de transformação e bens de capital brasileiros, setores que podem se tornar mais competitivos no mercado europeu diante da redução gradual de tarifas.
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