O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza nesta segunda-feira a segunda reunião ministerial do ano, em um momento considerado estratégico para o governo. O encontro, marcado para as 9h no Palácio do Planalto, deve reunir todos os 38 ministros, além das lideranças no Congresso e presidentes de bancos estatais, e se estender até o meio da tarde.
A ordem de Lula é clara: alinhar as entregas de cada pasta para o último trecho do mandato, em especial antes do calendário eleitoral de 2026. A avaliação no Planalto é de que os planos efetivos só valem até dezembro de 2025, já que, no início do próximo ano, a pauta eleitoral tende a dominar a cena política.
Cada ministro terá um tempo curto para expor o balanço de ações e os próximos passos. Entre as prioridades estão a aceleração do Novo PAC pela Casa Civil, a defesa da rota ferroviária do Pacífico no Orçamento — com impacto nas exportações para a China — e o Programa Mais Especialistas, no Ministério da Saúde.
Outro ponto central será a relação com o Congresso, especialmente diante da votação da isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5.000, promessa de campanha que pode enfrentar resistência no Legislativo. A lembrança recente da derrota do governo na CPMI do INSS deve pautar as cobranças de Lula a ministros e líderes aliados.
A expectativa é que grande parte dos ministros deixe o cargo até abril de 2026 para disputar eleições, sendo substituídos por secretários-executivos. No campo da comunicação, o ministro Sidônio Palmeira (Secom) deve apresentar o novo slogan do governo, voltado a temas como soberania nacional e justiça social.
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