O biólogo Thiago Metzker descreve um clima tenso na COP30 após protestos de grupos indígenas que chegaram a fechar o acesso à Blue Zone e resultaram em feridos, algo raro em um espaço tradicionalmente diplomático e altamente protegido. Ele destaca que a ONU cobrou formalmente o governo brasileiro por melhorias urgentes na segurança e na infraestrutura, já que os pavilhões iniciais — essenciais para as negociações de alto escalão — ficaram aquém do esperado. Apesar desse cenário de instabilidade, Metzker aponta avanços nas discussões climáticas, especialmente no financiamento: o fundo de perdas e danos, aprovado na COP28, já começou a operar, e há esforço para quadruplicar os recursos acordados em Baku, com renovado interesse internacional após a saída dos EUA. Ele também ressalta o protagonismo do pavilhão de cidades resilientes, que reúne especialistas e resultados de expedições de campo para debater soluções práticas para adaptações climáticas.
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