O presidente do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), Márcio Ferreira, analisa as possibilidades de expansão do café brasileiro em meio às novas dinâmicas do comércio global. Em conversa com a VEJA, ele esclarece um ponto que tem gerado confusão: o excedente de café brasileiro não será absorvido pelo mercado interno.
“O mercado interno já consome cerca de 22 milhões de sacas. O excedente vai para fora”, explica. Com os EUA impondo tarifas ao café processado, novas rotas de exportação entram em pauta — e a China aparece como possibilidade de médio e longo prazo.
“O consumo de café na China vem crescendo. Hoje, são 300 milhões de chineses que já tomam café diariamente, mas o consumo per capita ainda é muito pequeno”, afirma Ferreira. Ele detalha ainda por que o credenciamento de exportadores para a China não significa um boom imediato nas vendas.
Apesar da expectativa, o Brasil enfrenta entraves comerciais importantes: “A China taxa nosso café solúvel em 12%, a Indonésia aplica 20% e a Tailândia chega a mais de 40%. O Vietnã, nosso concorrente direto, paga zero.”
Márcio cobra maior atuação do governo em negociações bilaterais: “A gente precisa buscar novos pares e exigir contrapartidas comerciais, como fizemos recentemente com a Indonésia.”
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