Em entrevista ao Ponto de Vista, da revista VEJA, o cientista político e professor da FGV Eduardo José Grin avalia como a reunião entre Lula e Donald Trump — além de sinalizar pragmatismo diplomático — produziu efeitos políticos diretos dentro do Brasil.
Grin explica que, até poucos meses atrás, o governo Lula enfrentava queda nas pesquisas e crise de popularidade. Agora, com a retomada do diálogo com os EUA e o discurso de defesa da soberania nacional, o presidente voltou a ganhar apoio, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
“Lula ganhou, por assim dizer, de presente uma narrativa que o seu governo não tinha”, afirma Grin.
“A defesa do país contra a interferência estrangeira tem apelo popular e ajudou a recuperar sua imagem.”
O professor também aponta que o bolsonarismo cometeu um erro estratégico, ao priorizar uma postura de confronto com o Brasil a partir dos EUA. Segundo Grin, isso permitiu que Lula se posicionasse como o defensor da nação, ao mesmo tempo em que tenta negociar com pragmatismo com o governo Trump.
“Lula poderá dizer que conseguiu um acordo favorável ao Brasil com os Estados Unidos — e isso seguirá lhe rendendo dividendos eleitorais até 2026”, avalia.
📌 Temas em destaque:
Reunião entre Lula e Trump
Efeitos políticos internos e eleitorais
Recuperação de popularidade de Lula
Erros estratégicos do bolsonarismo
Narrativa de soberania nacional e pragmatismo
Análise de Eduardo José Grin (FGV)
🎙️ Entrevista concedida ao programa Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, da revista VEJA.
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