A popularidade das canetas emagrecedoras tem alimentado crimes no país. Enquanto quadrilhas assaltam farmácias, consumidores comuns vão até o Paraguai para trazer os produtos ilegalmente para o Brasil. O Paraguai se tornou um dos principais destinos para a compra ilegal das canetas. Sem mostrar o rosto, um homem revela como funciona o esquema: “Cheguei a levar receita médica brasileira, mas nenhuma farmácia no Paraguai pede receita alguma, pra nada”, disse.
O homem descreve duas rotas de entrada: a Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), e a cidade de Ponta Porã (MS). No Paraguai, uma caixa com quatro ampolas custa em média R$ 700 reais. No Brasil a caixa é vendida a mais de R$ 4 mil. No Aeroporto de Salvador, as apreensões aumentaram quase sete vezes este ano. 452 itens foram apreendidos de janeiro a agosto. Em 2024 inteiro foram 67 unidades.
As canetas usadas para o tratamento de diabetes e obesidade viraram sinônimo de emagrecimento rápido. O medicamento só poder ser importado por empresas autorizadas. Mas a fama do produto despertou o contrabando, a venda irregular e a falsificação.
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