Criminosos têm se apropriado do CNPJ de empresas encerradas para aplicar golpes. Com o cadastro de pessoa jurídica, eles abrem novos negócios sem que o verdadeiro dono saiba. Sr. Messias não imaginava que após 50 anos de profissão seria suspeito de estelionato. O pesadelo começou em janeiro, meses após ele fechar a empresa de contabilidade. “Eu comecei a receber telefonemas no celular dizendo que a nossa empresa estava vendendo cotas de consórcio contempladas. Nós nunca trabalhamos com consórcio”, garante.
As reclamações acenderam um sinal de alerta no empresário. Messias começou a fazer pesquisas na internet e descobriu que o CNPJ da empresa dele estava sendo usado por criminosos. Ao acessar o site da Receita Federal, o empresário de 71 anos notou que o nome fantasia da empresa havia sido alterado. Assim como o e-mail e o número de telefone. O susto foi ainda maior quando Messias viu que as alterações foram feitas por meio de uma procuração que ele afirma nunca ter assinado. E com esses poderes, essa pessoa alterou o nome fantasia da empresa, criando uma outra atividade. Os supostos fraudadores passaram a vender cotas de consórcio contempladas para aquisição de carros e equipamentos.
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