A decisão final sobre o acordo entre Mercosul e União Europeia entra em horas decisivas e depende agora exclusivamente dos europeus. No programa Mercado, da revista VEJA, apresentado por Veruska Donato, o editor de Economia Diogo Schelp explica os bastidores das reuniões que podem definir se o tratado será ou não aprovado ainda nesta semana.
Segundo Schelp, o tema pode entrar nas discussões do Conselho Europeu, que reúne os chefes de Estado da União Europeia, e terá seu momento decisivo no Conselho da União Europeia, instância formada por ministros dos países do bloco e responsável por aprovar tratados internacionais.
“Se França, Itália, Polônia e Hungria se opuserem, não se alcança os 65% da população exigidos”, afirma Diogo Schelp.
O editor destaca que, para o acordo avançar, será necessário o apoio de ao menos 15 dos 27 países, desde que representem 65% da população da União Europeia. A resistência de países como França e Itália, que alegam ser prematuro assinar o tratado, cria um cenário de incerteza às vésperas da possível assinatura em Foz do Iguaçu, mencionada pelo presidente Lula.
“Da forma como o governo brasileiro conduziu as negociações, o ônus de um fracasso recairia totalmente sobre os europeus”, diz Schelp.
Para ele, se o acordo não sair agora, o cenário em 2025 tende a ser ainda mais difícil, por causa do ano eleitoral e da mudança na presidência rotativa da União Europeia.
📊 O programa Mercado, da revista VEJA, acompanha os principais movimentos da economia internacional e seus impactos para o Brasil.
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