As empresas estatais federais registraram um déficit de quase R$ 150 milhões apenas no mês de outubro deste ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Nos dez primeiros meses de 2025, o rombo já soma R$ 6,35 bilhões, valor próximo ao acumulado em todo o ano passado, que foi o pior da história: R$ 6,73 bilhões. O resultado tem pressionado as contas públicas, e o governo já precisou bloquear R$ 3 bilhões do orçamento neste mês.
O desempenho negativo das estatais é puxado principalmente pelos Correios, que enfrentam uma crise fiscal crescente nos últimos anos. “Já são mais de três anos seguidos de prejuízos”, destaca Tainá Farfan, de Brasília. Em 2024, o déficit da empresa superou R$ 2,5 bilhões de reais, enquanto no primeiro semestre de 2025 já ultrapassou R$ 4 bilhões. O governo não pretende vender a estatal.
Para tentar reverter a situação, a nova gestão dos Correios aprovou um plano de reestruturação que prevê captar R$ 20 bilhões de reais em empréstimos, cortar 10 mil vagas por meio de demissão voluntária e adiar a convocação de aprovados em concursos. O objetivo é reduzir o déficit e ajustar a empresa financeiramente sem comprometer serviços essenciais.
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