Afra Balazina afirma que o incêndio na COP 30 não deve ser o legado da conferência – mas alerta que o rascunho final está “muito fraco” e ameaça reduzir o impacto do evento.
Em entrevista ao Os Três Poderes, a diretora da SOS Mata Atlântica diz que a retirada do “mapa do caminho” para reduzir o uso de combustíveis fósseis e zerar o desmatamento torna o texto “insuficiente” e pode impedir a construção de um consenso global.
Afra relata que a conferência teve atrasos provocados pelo incêndio e pela agenda bilateral de Lula, o que coloca pressão sobre o último dia de negociações. Ela explica que países liderados pela Colômbia formaram um bloco de resistência ao rascunho e que a sociedade civil continuará pressionando para recolocar trechos essenciais no documento final.
📌 Destaques da entrevista:
– Afra diz que o incêndio é grave, mas não deve ser o legado da COP
– Conferência corre contra o tempo após atrasos e paralisações
– Rascunho da “Decisão Mutirão” foi “muito enfraquecido”, diz a diretora
– Saída dos combustíveis fósseis e fim do desmatamento ficaram fora do texto
– Países petroleiros travam consenso sobre transição energética
– Proposta de Lula chegou a ter adesão de 82 países, mas perdeu força
– Pressão da sociedade civil e de países liderados pela Colômbia deve se intensificar
💬 “Se esse tema não voltar ao texto, o legado da COP será muito pequeno”, afirma Afra.
💬 “O documento está muito mais fraco — e isso nos preocupa”, diz a diretora.
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