A falta de energia em São Paulo foi provocada, principalmente, pela queda de árvores sobre a fiação. Especialistas defendem ser necessário modernizar a rede elétrica, com o aterramento de cabos e manutenção preventiva mais rigorosa das árvores.
Marcos Mello, um empresário da zona sul de São Paulo, teve a produção de molhos paralisada depois do vendaval que atingiu a capital paulista no meio da semana. Foram dois dias sem energia elétrica. Pela cidade, os estragos ainda são visíveis: árvores sobre muros e calçadas, galhos presos na fiação e ruas interditadas.
Segundo a Prefeitura, mais de 380 quedas de árvores foram registradas desde terça-feira (9). Grande parte da rede elétrica de São Paulo ainda funciona com fios expostos, instalados em postes. Quando venta forte ou chove muito, galhos ou até o balanço dos próprios cabos fazem com que os fios se encostem, provocando curto-circuito. Por segurança, o sistema desliga automaticamente para evitar acidentes.
Segundo especialistas, uma alternativa é substituir a rede convencional por redes compactas, com fios isolados. A solução mais eficiente é a rede subterrânea, adotada em regiões como a Avenida Paulista, mas o custo, até dez vezes maior, limita a expansão desse modelo. Por isso, a manutenção preventiva da rede elétrica e a poda das árvores são fundamentais.
A Prefeitura diz que, neste ano, removeu mais de 13 mil árvores e realizou 170 mil podas. A concessionária Enel informou que mantém equipes nas ruas para restabelecer o fornecimento de energia e refazer a rede nas áreas mais afetadas pelo vendaval.
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