O impacto eleitoral do julgamento de Jair Bolsonaro, a rejeição da família Bolsonaro e a estratégia do governo Lula para 2026 são analisados por Marco Antonio Carvalho Teixeira, cientista político e professor da FGV, no Ponto de Vista, programa da revista VEJA, apresentado por Marcela Rahal.
Ao avaliar o cenário eleitoral, o professor afirma que nomes da família Bolsonaro seguem competitivos, mas enfrentam um obstáculo decisivo. “Qualquer que seja um dos membros da família Bolsonaro pode ser até muito competitivo, mas dificilmente ganha em segundo turno, sobretudo se for contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, diz.
Marco Antonio comenta ainda o caso de Michelle Bolsonaro, que tem rejeição menor, mas perdeu espaço político após conflitos internos. Segundo ele, o crescimento dela dentro do PL e a assunção de protagonismo acabaram expondo divergências familiares. “Isso culminou com a saída de cena da Michelle”, afirma, ao lembrar que ela está licenciada da vida política.
Na entrevista, o cientista político também analisa como o governo Lula tem se beneficiado do julgamento do ex-presidente Bolsonaro. Para ele, a estratégia retoma o discurso usado em eleições anteriores. “A democracia venceu”, resume, ao explicar que o marketing político tenta reforçar a ideia de que votar em Lula significa defender a democracia.
Segundo Marco Antonio, a rejeição maior da família Bolsonaro em comparação ao presidente Lula ajuda a explicar a vantagem do petista em um cenário polarizado. “É uma estratégia que parece ter resultado”, afirma, ao projetar o ambiente eleitoral para 2026.
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