O editor de VEJA, Diogo Schelp, avaliou no programa Mercado que a histórica oposição da França ao acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia continua sendo um obstáculo, mas agora há mecanismos no texto que podem facilitar a aprovação por Paris.
“A França tem a maior produção agropecuária da Europa Ocidental e sempre resistiu ao acordo por medo da competitividade do agro sul-americano, que é muito produtivo e eficiente”, explicou Schelp.
Segundo ele, o mecanismo de salvaguarda incluído na versão final do tratado — enviado pela Comissão Europeia aos Estados-membros — prevê barreiras automáticas quando produtos do Mercosul chegarem ao mercado europeu a preços muito baixos. A medida busca evitar uma concorrência considerada “desleal” pelos produtores europeus, em especial os franceses, que dependem de subsídios.
Schelp lembrou que, no passado, as críticas francesas também usaram como argumento o desmatamento no Brasil, o que acirrava as resistências políticas. Mas, agora, o novo desenho do acordo busca neutralizar parte dessas objeções.
“Há uma vontade muito grande da Alemanha e de outros países relevantes da União Europeia de fechar o acordo. Ainda mais nesse momento em que os Estados Unidos adotam políticas de extremo protecionismo. Para a União Europeia, abrir novos mercados se tornou estratégico — e o Mercosul, sobretudo o Brasil, é central nesse movimento”, avaliou o editor.
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