Na madrugada de quarta-feira (11), a Câmara dos Deputados resolveu livrar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) da cassação de seu mandato. Sinalizou que poderia fazer o mesmo com Alexandre Ramagem (PL-RJ). E adia a decisão sobre Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Claramente, nos três casos, o segmento de direita busca passar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o recado de que não sucumbe às suas vontades. O problema é que tal atitude, para além dos problemas jurídicos, resvala o terreno da falta de inteligência. Zambelli está presa na Itália, onde aguarda decisão sobre extradição para o Brasil. Ramagem fugiu do país para escapar da prisão pela condenação como integrante do “núcleo crucial” da trama golpista. E Eduardo saiu do país para tentar que o governo dos EUA pressionasse a Justiça brasileira a não condenar e prender seu pai, Jair Bolsonaro. Fora do país, nenhum dos três pode exercer o mandato. E, mantidos esses mandatos, não assumem seus suplentes, todos também do PL. Ou seja, a decisão da direita vem fazendo com que a Câmara, em vez de 513, tenha só 510 deputados, na prática. E os três deputados a menos são todos do campo da mesma direita, explica Rudolfo Lago, no JBrNews de hoje.
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JBR NEWS – Zambelli, Ramagem e Eduardo: quando a briga entre os poderes periga virar burrice
