A decisão do governo Lula de sair da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) segue gerando comoção e debate na comunidade judaica brasileira.
O governo de Israel reagiu, e entidades como a Confederação Israelita do Brasil (Conib) definiram a iniciativa como “retrocesso moral”.
Na semana passada, o professor Michel Gherman, que coordena o Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos (Niej) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e é pesquisador de antissemitismo da Universidade Hebraica de Jerusalém, incendiou o debate ao dizer à coluna que a IHRA serve a um lobby evangélico, branco e de direita que quer calar os críticos de Israel. “Inclusive intelectuais.” E até mesmo intelectuais judeus, como ele.
Carlos Reiss, diretor do Museu do Holocausto de Curitiba, o primeiro do Brasil, fundado em 2011, discorda. “Abandonar o diálogo com outros países, abandonar as iniciativas multilaterais, é sempre um erro estratégico”, diz ele. “É triste”, afirma o professor, que tem mestrado em geopolítica e Relações Internacionais na mesma Universidade Hebraica de Jerusalém. (Mônica Bergamo)
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