Como parte do portfolio publicado na edição 223 da piauí, o fotógrafo e artista visual Luiz Braga analisa uma fotografia que fez no Pará em 1985.
“O azul da chama que fervia a água usada por meu pai, médico, para esterilizar seringas de vidro em hospitais psiquiátricos de Belém. O amarelo oscilante das lâmpadas que iluminavam os corredores do sobrado onde a gente vivia. O verde do limo que salpicava os muros das avenidas, encharcados pelas chuvas de março. O marrom da lama que assolava o trajeto até a casa de minha avó paterna, Mundica. O roxo do açaí que Seu Amaral esfregava numa peneira de palha. O negro dos “túneis de mangueiras” que emolduravam as alamedas e filtravam o Sol escaldante do meio-dia. O branco dos véus nas missas de Páscoa.
Toda vez que penso em minha infância, me lembro de cores.”
Veja o portfolio completo no site da revista: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/um-passeio-pelas-cores-e-luzes-do-para/
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