Professor Marcos Flávio Araújo Assunção explica, em O TEMPO Entrevista, como a falta de cultura de segurança e o uso irresponsável da tecnologia aumentam o risco de ataques e golpes virtuais
O avanço da tecnologia e a popularização da inteligência artificial transformaram o mundo digital em um terreno fértil para o crime cibernético. O alerta é do professor Marcos Flávio Araújo Assunção, especialista em segurança da informação e professor do IBMEC. Em O TEMPO Entrevista ele fala sobre os desafios do Brasil na proteção de dados e na prevenção de fraudes online.
Segundo o especialista, o país ainda carece de uma cultura sólida de segurança digital. “A gente tem uma falsa sensação de que está protegido porque usa antivírus ou coloca uma senha no celular. Mas a segurança real começa com o comportamento das pessoas. O usuário é, muitas vezes, o elo mais fraco”, destacou.
Marcos Flávio lembrou que, além da falta de conscientização, a pressa e a confiança excessiva nas plataformas digitais abrem brechas para golpes e vazamentos. “O criminoso se aproveita da boa fé e da falta de atenção. Quando clicamos em qualquer link ou compartilhamos dados pessoais sem pensar, estamos facilitando o trabalho de quem quer nos enganar”, afirmou.
Para o professor, o combate ao cibercrime passa por educação digital e responsabilidade coletiva. “As empresas precisam investir em segurança, mas o cidadão também precisa aprender a se proteger. Não existe sistema 100% seguro, mas podemos reduzir muito o risco com atitudes simples”, explicou. Ele alerta ainda para o papel da inteligência artificial na ampliação das ameaças: “A IA ajuda a prevenir ataques, mas também pode ser usada para criar fraudes mais sofisticadas. É uma corrida constante entre o ataque e a defesa.”
O programa O TEMPO Entrevista, com a apresentação do jornalista Léo Mendes, vai ao ar aos sábados, às 14 horas, no canal de O TEMPO no YouTube.
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