Robson Bonin revela bastidores decisivos: o comandante do Exército expressou ao ministro Alexandre de Moraes preocupação com a prisão dos generais condenados na trama golpista — e pediu discrição para evitar humilhação pública e desgaste dentro das Forças Armadas. A conversa ocorreu em encontro reservado, relatado agora com detalhes.
Na edição especial do Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, Bonin conta que Moraes, o ministro da Defesa José Múcio e o comandante Tomás Paiva discutiram como executar as prisões da cúpula militar envolvida no golpe sem expor generais que ainda têm forte prestígio na caserna. Segundo Bonin, Moraes aceitou que o próprio Exército participe das prisões, sem algemas, sem carros caracterizados e com total discrição — algo inédito no processo.
O colunista afirma que o Exército não pediu tratamento especial para Jair Bolsonaro, mas confirmou que havia estrutura disponível caso o STF quisesse mantê-lo em um quartel. Ainda assim, Bonin ressalta: manter Bolsonaro preso em instalação militar seria “inadequado”, já que ele é acusado justamente de corromper militares para uma tentativa de golpe.
A análise mostra como a ala militar tenta evitar uma crise interna enquanto o STF avança para a parte mais sensível das prisões.
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