Guilherme Derrite comenta as articulações do governo no Senado para tentar modificar o marco legal do combate ao crime organizado e relata bastidores da pressão política durante a tramitação na Câmara. Em entrevista a Isabella Alonso Panho, no Em Pauta, da revista VEJA, o secretário detalha ataques, tentativas de reunião e sua relação com o relator da matéria no Senado.
Derrite afirma que o governo teve duas semanas para procurá-lo e não tomou iniciativa:
“O governo teve 15 dias para me procurar e não me procurou.”
Segundo ele, quando perceberam que o projeto seria votado, integrantes do governo tentaram retirar o texto de pauta e, em seguida, passaram a atacar sua atuação:
“Me atacaram com mentiras, inclusive usando redes oficiais do governo.”
Sobre as mudanças no Senado, o secretário diz que alterações são naturais no processo legislativo, mas estabelece um limite:
“Eu só espero que aconteça para melhor, pensando na família que vive sob domínio do crime organizado.”
Ele também revelou ter conversado com o relator no Senado, Alessandro Vieira, e elogiou o perfil técnico do parlamentar:
“Ele é delegado de polícia, conhece segurança pública.”
Derrite acredita ser improvável que o Senado retome a versão original enviada pelo governo:
“Acredito muito pouco que aconteça no sentido de voltar ao projeto original.”
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