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O agro brasileiro é peça-chave na transição energética global. Neste segundo painel do VEJA Fórum Agro, Márcio Santos (Bayer) e Luciane Bachion (Agroicone) explicam como inovação tecnológica, biocombustíveis e etanol de baixa emissão podem reposicionar o Brasil na economia de baixo carbono.
Da COP em Belém às usinas e fazendas brasileiras, o debate mostra o potencial do país para liderar a agenda de energia limpa.
Márcio conta que voltou da COP “extremamente positivo” e destaca que, pela primeira vez, o agro apareceu forte na conferência, com o Brasil mostrando ao mundo a força do solo tropical, da braquiária e dos biocombustíveis. Como ele resume, ao olhar para uma raiz profunda no solo: “Raízes são carbono”. Ele também explica como biotecnologia e agricultura digital já reduzem emissões ao aumentar produtividade, controlar pragas e melhorar o uso de insumos.
Luciane Bachion reforça o papel do etanol como pilar da economia de baixo carbono, defendendo a união entre etanol de cana e de milho e a bioenergia convivendo com a eletrificação. Ela lembra que estudos científicos mostram que o etanol brasileiro não compromete a segurança alimentar e que, com tecnologias de captura e armazenamento de carbono, “o etanol pode chegar a emissões negativas”. A pesquisadora também comenta as barreiras comerciais, as tarifas e a disputa com o etanol americano.
O painel ainda aborda o desafio da comunicação internacional, a polarização do debate climático, o papel dos relatórios de sustentabilidade exigidos pela CVM e a necessidade de políticas públicas que estimulem biocombustíveis e desincentivem combustíveis fósseis.
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