Valmir Santos Sena, de 72 anos, foi enterrado nesta quarta-feira (20) em Taguatinga (DF), quatro dias após ser atropelado enquanto atravessava uma faixa de pedestres na QNO 11/13, em Ceilândia (DF). O motociclista que o atingiu falou pela primeira vez e, sem se identificar, afirmou estar vivendo “o pior momento” de sua vida: “Eu não saí da minha casa na intenção de matar ninguém”.
O suspeito contou que tentou frear, mas não viu o idoso por causa de um ponto cego, e admitiu ter fugido ao ouvir de um bombeiro que a vítima já havia morrido. Valmir chegou a ser levado ao Hospital Regional de Ceilândia e depois ao Hospital de Base, mas não resistiu.
A família do idoso contesta a versão e diz ter enfrentado descaso na investigação, relatando que precisou buscar imagens, localizar a moto e insistir para que a polícia fosse até o suspeito. Eles afirmam sentir impunidade ao ver o motociclista responder ao caso em liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica. “A prisão dele não vai trazer meu pai de volta, mas vai trazer justiça”, afirmou a filha da vítima.
A Polícia Civil abriu inquérito na 24ª Delegacia de Polícia para apurar o atropelamento, além de possível omissão de socorro e fuga do local. Em entrevista, o motociclista pediu perdão à família, disse estar arrependido e declarou que também tem sofrido desde o acidente. “Eu não vou comparar a minha dor com a de vocês porque não tem balança que pese isso. Mas eu estou sofrendo. Peço que um dia possam me desculpar. Eu sou homem para pedir perdão”.
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