PIB fraco e indústria em queda antecipam debate sobre corte de juros no Brasil, diz André Valério
O dado do PIB do segundo trimestre acendeu um alerta para a possibilidade de recessão técnica no segundo semestre e pode acelerar a discussão sobre cortes de juros no Brasil. Para o economista sênior do Inter, André Valério, as condições para o início da flexibilização monetária devem estar postas já em dezembro de 2025, antes do previsto pela maioria do mercado.
Segundo ele, o Banco Central ainda encontra resistência em reduzir a Selic por causa do mercado de trabalho aquecido e da inflação de serviços, que segue rodando acima da meta de 3%. No entanto, os sinais de perda de fôlego da atividade vêm se acumulando:
O PIB já mostrou desaceleração relevante.
A produção industrial de julho veio negativa, reforçando a tendência de arrefecimento.
Há expectativa de que a fraqueza da atividade chegue também ao mercado de trabalho.
“O mercado de trabalho talvez seja hoje o grande gargalo para o Banco Central começar a cortar juros. Mas à medida que surgirem sinais, mesmo marginais, de enfraquecimento, isso abrirá condições para a flexibilização da política monetária”, afirmou Valério em entrevista ao Mercado, da VEJA.
Outro fator que pode favorecer o movimento é o cenário internacional. O Federal Reserve (Fed) deve iniciar os cortes de juros já em setembro, segundo o economista. “Esse movimento dá mais espaço para o Banco Central brasileiro agir, sem se preocupar tanto com pressões sobre o câmbio”, completou.
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