O mercado financeiro continua precificando o risco político ligado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro em 2026. No programa Mercado, da revista VEJA, apresentado por Veruska Donato, o economista Lauro Gonzalez, coordenador do FGVcemif, analisa a reação negativa dos investidores após a aprovação, no Senado, de dois projetos sensíveis para a economia e para o cenário eleitoral.
Os textos aprovados reduzem benefícios fiscais para empresas, aumentam a taxação sobre bets e fintechs e alteram regras de dosimetria penal, tema que vinha sendo tratado como moeda de barganha no Congresso. Para Gonzalez, os movimentos recentes reforçam um ambiente de risco e incerteza, com impacto direto sobre o humor do mercado.
“Existe esse risco, combinado com um grau elevado de incerteza”, afirma Lauro Gonzalez.
Segundo o economista, embora o mercado demonstre preferência por uma candidatura alternativa, como a do governador Tarcísio de Freitas, é difícil imaginar a ausência do sobrenome Bolsonaro na disputa presidencial.
“É muito difícil imaginar a ausência de um Bolsonaro na cédula, porque o piso de votos é muito elevado”, diz Gonzalez.
Ele avalia que Flávio Bolsonaro tende a ser o nome mais competitivo da direita no primeiro turno, o que torna complexa qualquer negociação política para sua retirada da corrida eleitoral. Esse cenário, segundo Gonzalez, deve continuar influenciando o comportamento do mercado nos próximos meses.
📊 O programa Mercado, da revista VEJA, acompanha de perto os principais movimentos da economia, da política e seus impactos sobre investidores e empresas.
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