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Presidente do PSOL critica suspensão de Glauber Braga e revela pressão de Lira



A presidente nacional do PSOL, Paula Coradi, classificou como “desproporcional e vergonhosa” a decisão da Câmara dos Deputados que suspendeu por seis meses o mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). Em entrevista ao Café com Política, exibido nesta quarta-feira (17/12) no canal de O TEMPO no Youtube, Coradi afirmou que a punição foi fruto de uma articulação política liderada pelo ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), em retaliação à atuação combativa do parlamentar contra o chamado orçamento secreto.

“Nós tínhamos o entendimento de que a situação era muito difícil, porque existia uma articulação por trás, nos bastidores, do próprio Arthur Lira”, pontuou. Segundo ela, o processo contra Glauber ganhou força após o deputado ter intensificado os embates com Lira e ingressado no Supremo Tribunal Federal (STF) para bloquear cerca de R$ 4 bilhões do orçamento secreto por falta de transparência. “A partir dali, o grau de tensão aumentou bastante”, afirmou.

Apesar do cenário adverso, a presidente do PSOL afirmou que uma articulação política envolvendo a bancada do partido, lideranças do Congresso e o governo federal conseguiu impedir a cassação do mandato. “Nós também contamos com o próprio Guimarães, que ajudou. Então, o governo teve um papel importante para impedir uma cassação injusta”, avaliou.

Para Coradi, a suspensão aplicada a Glauber evidencia o que classificou como “dois pesos e duas medidas” dentro da Câmara. Ela comparou o caso do deputado do PSOL com outros episódios recentes. “Nós temos um deputado que tomou seis meses de suspensão por algo ínfimo, enquanto o Chiquinho Brazão sequer teve processo de cassação votado na Câmara, mesmo sendo indiciado como mandante do assassinato da Marielle”, disse. A dirigente também citou a decisão que manteve o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). “A Câmara também livrou a Carla Zambelli, que é condenada pela Justiça e está presa e foragida”, criticou.

Ao avaliar a atuação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Coradi disse que houve abuso de autoridade e ausência de diálogo. “O presidente da Câmara não pode tomar dois pesos e duas medidas”, afirmou, citando ainda o uso da Polícia Legislativa contra parlamentares, agressões a deputados e o corte da transmissão da TV Câmara como “incidentes gravíssimos”.

Apesar da punição, a presidente do PSOL avalia que o caso acabou ampliando a visibilidade do partido e do campo progressista. “O Glauber é um deputado muito combativo, que orgulha a nossa bancada”, disse. Para ela, a tentativa de cassação se insere em um movimento mais amplo de intimidação política contra mandatos de esquerda em câmaras municipais, assembleias legislativas e no Congresso Nacional. “São motivos totalmente políticos, que tentam calar a voz do PSOL e de outros partidos do nosso campo”, afirmou.

No campo eleitoral, Paula Coradi confirmou que o PSOL e a Rede Sustentabilidade estão em diálogo para renovar a federação para as eleições de 2026. “A nossa experiência é muito positiva, por isso, existe uma grande tendência de renovação”, afirmou. Segundo ela, o partido trabalha na montagem de chapas competitivas para os Legislativos estadual e federal e também para o Senado.

Ao rebater críticas de que o PSOL atuaria como um “satélite do PT”, Coradi afirmou que o partido mantém autonomia política. “Somos um partido com muita autonomia. Não abaixamos nenhuma das nossas bandeiras para caber dentro de uma ou outra decisão do governo”, disse. Segundo ela, o PSOL tem protagonismo em pautas nacionais, mesmo integrando a base de apoio do presidente Lula.

Sobre o cenário de 2026 em São Paulo, Coradi afirmou que Guilherme Boulos pode ser candidato ao Senado, a depender da conformação do quadro eleitoral. “Se for candidato, a tendência é que seja ao Senado”, disse, destacando que ele deve cumprir um papel relevante na campanha, tanto em São Paulo quanto nacionalmente.

A presidente do PSOL também destacou a deputada Érica Hilton como aposta central do partido em São Paulo. “Ela deve ser a grande puxadora de votos e pode ser uma das deputadas federais mais bem votadas do Brasil”, afirmou.

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