No programa Mercado, da revista VEJA, o economista Roberto Troster avaliou o recente anúncio do presidente Javier Milei, que prometeu aumentos de investimentos em setores-chave: 17% em saúde, 10% em educação e 5% em aposentadorias.
Troster classificou a medida como “acertada, mas tardia”, explicando que Milei deveria ter feito esse movimento meses atrás, em vez de reagir “com a faca na garganta” após a escalada da desaprovação popular. “Afrouxar um pouquinho vai ajudar a dar sensação de bem-estar, mas é pouco diante do que precisa ser feito”, afirmou.
Segundo o economista, embora os reajustes tragam algum alívio social, eles não resolvem o problema central da Argentina: a instabilidade cambial. “A prioridade é o dólar, essa questão é fundamental”, destacou. Para Troster, o governo precisa ser mais contundente, corrigindo injustiças tributárias e estabelecendo um caminho mais consistente para recuperar a confiança da população e dos mercados.
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