As vítimas do acidente aéreo em Mato Grosso do Sul estavam na região para a produção de um documentário dos cineastas Luiz Ferraz e Rubens Crispim Júnior. O arquiteto chinês Kongjian Yu, um dos urbanistas mais influentes do mundo, participava das gravações.
Kongjian yu idealizou mais de 500 projetos em centenas de cidades. Ele ficou mundialmente conhecido pelo conceito de “cidades-esponja” – modelo de urbanismo criado para absorver o excesso de chuva e ao mesmo tempo, reservar a água para períodos de estiagem. Ele falava que nós não devíamos lutar contra as águas, que nós deveríamos interagir com as águas.
O arquiteto passou a última semana em São Paulo como convidado de destaque na Bienal Internacional de Arquitetura. Ele deu palestras na última sexta-feira (19), citou as enchentes do Rio Grande do Sul e explicou como o conceito das “cidades-esponja” pode ajudar o Brasil a combater as inundações. Depois do evento, o arquiteto de 62 anos, seguiu viagem para o Pantanal.
Um dos locais que ele queria visitar, que ele falava, era o Pantanal, em função das características da permeabilidade que ele tanto trabalhava com as “cidades-esponja”. Ele entendia que o futuro da arquitetura, do paisagismo, do urbanismo, passava muito pela manutenção dos ecossistemas, e que o Brasil tinha uma tarefa muito importante para contribuir no século XXI.
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