Cruzar e descruzar as pernas o tempo todo, balançar o pé sem perceber, se remexer na cadeira… quem nunca? Mas para muita gente, esse movimento constante vai além de nervosismo ou ansiedade. Pode ser sinal da Síndrome das Pernas Inquietas, também chamada de doença de Willis-Ekbom. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, de 4% a 29% dos adultos em países ocidentais convivem com o problema, e as mulheres são as mais afetadas – especialmente durante a gravidez, quando há maior deficiência de ferro no organismo.
A condição é marcada por uma necessidade irresistível de mexer as pernas, principalmente à noite ou em repouso. Vem acompanhada de formigamento, dor ou coceira interna, e está ligada a uma alteração na produção de dopamina, neurotransmissor responsável por regular o movimento e o prazer. Como o ferro é essencial para a produção dessa substância, a falta dele desequilibra o sistema nervoso, e o corpo reage tentando se “regular” com o movimento.
O desafio é entender até onde vai a ansiedade e onde começa o problema neurológico. No programa de hoje, a gente vai conversar sobre o impacto da síndrome na qualidade do sono, o papel da saúde mental e os sinais de alerta que merecem atenção. Porque, às vezes, o corpo não está apenas inquieto: ele está pedindo ajuda.
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